A Arte em consonância com os Três Fatores de Revolução da Consciência liberta.
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Todos os temas discutidos devem estar dentro desta filosofia.

O monólogo da Rainha

Como te escondeste dentro de meu próprio castelo, Lancelote, que meus olhos cegos pela paixão não te puderam ver, meu Real Ser?

Procurei em transe pelo mundo para voltar desamparada e desesperançosa, descrente do Amor, disposta a encerrar-me em cela monacal.

Porém meu coração não descansava e ansiava por esse Amor real e lutava contra minha mente, que me reinterava a todo instante que se esse Guerreiro um dia existiu não mais seria para mim.

- Mãe minha, já não posso mais carregar este coração. Já o maltratei demasiado, está fraco e muito machucado. Arrancando-o de meu peito te lo entrego, porque tu sabes bem como cuidá-lo. Quando ele estiver são novamente, alimentado por tua Luz e teu Amor, mo devolva se assim achares por bem.

Depois de minhas penitências eis que minha Mãe devolveu meu corção, como renascido. Assim, simplesmente me entregou quando pedí. E ao ver que eu já estava aprendendo a ser uma mulher me chamou e me apresentou meu Noivo, meu Guerreiro.

- Como pude ser tão cega! Estiveste todo o tempo aqui dentro de mim, em silêncio. Agora estou certa de que meu Guerreiro nunca me abandonará. Meu Amor, meu Amado, meu Real Ser. Por mais que no caminho eu tropeçe, me perca, me atrase, estarás sempre me esperando, em guarda, acolhedor, forte. Pois tu me conheces, sempre esteve dentro de mim, foi enviado por meu próprio Pai.

Purifico meu templo, me banho e me perfumo, pois nossas núpcias já não tardam. Meu Pai me prometeu em matrimônio. Minha mãe me ensina os dons da realeza.

Sou a donzela encantada e teu beijo me transforma em Rainha. Teu abraço me aquece. Tua força me inspira. E seremos Um, como deve ser.


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