A Arte em consonância com os Três Fatores de Revolução da Consciência liberta.
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Carta a um amigo distante

Meu amigo, meu amado...

Já fazem dez dias? Que fossem dez anos.
Meu amor continua o mesmo. E apesar do oceano que nos separa meus braços se abrem para te a
colher, meus lábios sorriem na intenção de um beijo.

Tenho aprendido coisas que queria te contar, mesmo que não te ocupes em saber.

Aprendi que os compromissos dos homens são frágeis. Que a saudade não é mais que um apego que dura poucos minutos. Que um abraço não alcança mais que os espaço entre os braços.

Minha Mãe me disse "se lançe", e eu descidi por semear meu amor. Porém encontrei um coração frio. Mas eis que agora me lanço, não para cruzar o mar que nos separa, mas justamente desatando o laço que ainda me prendia a ti. Meu amigo, meu amado, me lanço ao mar, quisera fosse um rio, quisera ser eu rio, pois sabes bem que ainda não sei nadar. Porém minha barca não é frágil, já rodou tantas vezes e nunca se partiu. Quisera soubesses disso ... talvez saibas ...
Solto as amarras de um compromisso que por fim era só meu. E é como quem vê sua casa se consumir em chamas e dá de ombros. Mas o amor dos homens é assim, apenas uma casa que no primeiro tremor se esfacelará. E para que serve esse amor frio, meu amigo? E para que serve um compromisso com algo tão frágil, meu amado? Me chamaste cética por duvidar do amor nos homens, como não? A saudade se transforma em silêncio, o abraço não aquece por mais de minutos, o carinho se perde em distâncias. São apenas momentos, ao piscar os olhos viraram sonho.

Me chamaste passiva, com efeito, sou como toda mulher, se não sou fecundada não posso gerar.
Preciso de um Guerreiro cujo coração seja chama, quente o bastante para acender as brasas que ainda teimam em arder em meu peito. Às vezes seremos dois, outras legião, e um Guerreriro é aquele que é forte o bastante para enfrentar qualquer perigo, haja o que houver, sem se perguntar se terá forças pra isso. Pois um Guerreiro é firme, e seu sim é sim, e seu não é não.
De minha parte, eu me lanço ao mar. Não com a esperança de encontrar esse Guerreiro, que poderia mesmo ser tu, se não te ocupasse coisa mais importante, e se não nos separasse distancia tão grande. Me faço eu mesma Sacerdotiza e me enclausuro em meu templo, onde meu Real Ser, esposo, me espera. Até onde puder navegarei, com a certeza da solidão do mar e com força para enfrentar todas as tempestades.

Bendigo teus dias, meu amigo, meu amado, meu herói, que me ensinaste tanto, e mesmo na distância e no silêncio me ensinas. Pai, professor, amigo, irmão. Sei que não precisarás, mas meus braços continuam acolhedores, minhas mãos continuarão macias e sempre haverá um beijo pra te ofertar.

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